segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Benefícios e sacrifícios devem ser os mesmos

Deputado na AR Guilherme Silva foi orador de conferência ontem em Santana


A Comissão Política da JSD de Santana, levou ontem a efeito, uma acção política sobre a temática “Madeira: uma realidade, duas perspectivas”, sendo orador o deputado à Assembleia da República, Guilherme Silva, que defendeu o princípio dos “benefícios iguais, sacrifícios iguais”, para além de destacar que o País e a Região devem apostar no mar.
Realçando o facto do País estar num momento particularmente difícil com problemas de défice e de dívida e a Região fazer também parte desses problemas, Guilherme Silva entende que “a Região e o Estado têm que encontrar uma solução», salientando estar convicto que “ela vai ser encontrada e temos de fazer ver à República a fragilidade da nossa economia e fazer ver aquilo que é preciso para criarmos condições de desenvolvimento”.
Neste sentido, o deputado disse que “tem de haver vontade política para efectuar alterações constitucionais para a Região poder ter condições de atrair investimentos, poder criar essa captação e que possa desenvolver o seu centro internacional de negócios e que possa se virar para uma nova perspectiva que é o mar». «Acho que a Região tem uma zona económica exclusiva que traz valor acrescentado para o País. A Região tem de fazer parte nessa exploração de potencialidades. A própria Universidade da Madeira deveria dar uma atenção particular ao mar e tentar atrair para a região centros de investigação e organização de iniciativas internacionais ligadas ao mar”, considerou.
Guilherme Silva afirmou ainda que “o momento não é fácil com a dívida pública e défice e a Madeira faz parte dessa dívida e desse défice e esta parcela também tem de ser resolvida”.
O orador destacou também que um dos principais problemas das regiões autónomas prende-se com as situações financeiras, pois “foram nos dando competências, mais autonomia, que não foi devidamente acompanhada pelos envelopes financeiros. Fomos ficando contentes com a descentralização dos serviços e esquecemos a parte financeira, daí que tem de haver alterações constitucionais”, finalizou.


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